sábado, 2 de fevereiro de 2013

Afinal o que é uma relação?


Conversa ali, conversa acolá, beijinho mais acima ou mais abaixo, com maior ou menor intimidade ...
Uns apostam na liberalização, outros num regime ditatorial, havendo nichos que se inclinam para casos extra-conjugais, complementados com relacionamentos a três, a quatro, enfim o que der mais satisfação e arcaboiço ao casal.

Na classe dos comprometidos deparo-me, diariamente, com vários detalhes que definem estes conjuntos binários. Vislumbro ciúmes, sorrisos, gargalhadas, manifestações de afecto, que vão desde o mais singelo abraço ao beijo mais requentado e prolongado. Existem as lágrimas, o simples dar de mão, o carinho facial, o abraço mais ternurento, ...

As personalidades de cada um definem a simbiose do relacionamento. A junção dos dois impele comportamentos distintos, consoante os moldes em que cada um se insere e caracteriza.

Talvez o mais importante. Uma causa advém uma consequência. Um gesto, ou a ausência do mesmo, dá origem a uma sequela. Não se trata apenas de ciúme, mas de expectativa, daquilo que estamos à espera que a outra pessoa faça por nós. Um mês de ausência, uma mensagem ignorada, uma chamada recusada, uma data esquecida, e uma relação guardada numa gaveta... não foi terminada, mas alguém ou os dois se esqueceram de algo. Amar-se reciprocamente. Mas o revés também existe. Se os dois pactuarem neste silêncio, e reencontrarem a alegria e a satisfação, quem os irá recriminar pelas duas semanas em que não se falaram?

O mais importante é o prazer mútuo, a forma como as partes irão lá chegar varia. As personalidades de cada um definem o rumo, mas há várias direcções para chegar ao fruto mais apetecido.