domingo, 12 de outubro de 2014

Quem sabe... amanhã!

Por vezes a vontade de te escrever é imensa.
O virar de uma página, e a tua presença constante a alimentar o meu novo vício. A vontade de mudar, e de crescer é constante, mas algo desobedece. O que não se quer, mas no fundo é o nosso primeiro desejo quando acordamos. 

Fazer o inconcebível, dizer que te amo outra vez, desistir, contrariar o inenarrável, e concomitantemente seguir em frente. A alma aquece, e algo arrefece. Mas momentos a seguir tudo volta a bulir.  Despedaçar o que foi feito, construir para depois destruir, reflectir e esperar que o tempo diga para onde devemos ir.

O amanhã é sempre melhor do que o hoje. A dor vai continuar a sentir-se, e um dia ficará a mágoa. O perdão deve ser merecido, e não conquistado. O presente serve para relembrar que as cicatrizes do passado são reais. E o futuro? Esse dirá que quem realmente amamos irá ser a chave do amanhã. 

Se algo estiver para acontecer, o destino irá responder SIM à solução do enigma.



domingo, 12 de janeiro de 2014

O MEDO DAS SOMBRAS


Perguntar sabendo qual irá ser a resposta. Para ter gravada a certeza, e conseguir a tão aclamada confirmação. A garantia que se transforma num comprovativo amaldiçoado, porque uma vez que ele a teve na mão, no outro dia não havia chão para pisar.

Duvidar da própria certeza, ficar com o medo de perder quem mais se ama, ter medo da própria sombra... e perder o controlo sobre si mesmo.

Ter tudo e duvidar do que se possui... porque invariavelmente há sempre receio que a maldição se repita. 

Longe ele está, mas a sombra atormenta-o. Dorme colado ao medo, porque a sua aparição colocaria um ponto final a muitas vírgulas desta história. 

Se as páginas se rasgarem, o passado voltará a colocar em check o futuro. E, nesse momento, o presente será um porto inseguro.